Portugal é um país de longa tradição vinícola, iniciando a sua história com a implantação da vinicultura pelos romanos, há muitos séculos.
Nos últimos anos, com a instalação do Mercado Comum Europeu, o vinho português ampliou a sua busca por qualidade e visibilidade internacional, conquistando uma posição merecida pela qualidade e diversidade dos seus vinhos.
O país enfrenta a globalização de estilos e preferências de consumo, investindo na preservação das caraterísticas e tradições dos seus vinhos típicos, principalmente a sua vocação para a mesa.
A vitivinicultura portuguesa, demorou a evoluir tecnologicamente e, por muito tempo, produziu poucos vinhos de alta qualidade. Mas, nas últimas duas décadas, como consequência do importante desenvolvimento económico, político e social do país, a vitivinicultura portuguesa experimentou uma grande evolução, particularmente no campo tecnológico.
Facto importante, é que essa modernização foi realizada sem descartar os aspetos tradicionais positivos, como por exemplo a utilização de variedades de uvas autóctones e tradicionais. Com ajuda da tecnologia, essas castas - que antes originavam vinhos de qualidade inferior - passaram a dar grandes vinhos, aperfeiçoando as suas caraterísticas únicas.
Diversos enólogos portugueses despontam como artistas no cenário mundial, com vários rótulos "Top", ganhando prestígio internacional e ocupando um merecido espaço no mercado global.
Recentes mudanças na regulamentação, impulsionaram um novo valor aos Vinhos Regionais (situados entre os vinhos básicos e os classificados), que apresentam uma ótima relação custo-benefício, tornando-se cada vez mais competitivos pela associação com a personalidade marcante dos vinhos de Portugal.
Os vinhos portugueses, estão classificados em 4 níveis de qualidade:
Vinho de Mesa - Vinho que não se enquadra em nenhuma das classificações mencionadas a seguir, podendo ser produzido em qualquer região do país. Não podem ter no rótulo nenhuma referência a uma região de produção ou a variedades de uvas.
Vinho Regional - Vinho de qualidade superior ao vinho de mesa, produzido com, no mínimo, 85% de uvas provenientes da uma região especificada. Hoje, existem muitos vinhos regionais de qualidade igual ou superior aos vinhos DOC, havendo inclusivé alguns bons produtores que, por não concordarem com as regras impostas pelas comissões reguladoras dessa categoria, passam a rotular os seus vinhos como Regionais.
Vinho de Denominação de Origem Controlada (D.O.C.) - Teoricamente, é a categoria de mais alto nível de qualidade e identifica o vinho produzido numa região oficialmente delimitada, com uvas dali provenientes e sujeito a regras mais restritas, como as variedades de uvas utilizadas, o volume de produção, o método de vinificação, o teor alcoólico, o tempo de envelhecimento, etc. Equivale à AOC francesa, à DOC italiana e à DO espanhola.
Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (V.Q.P.R.D.) - Para atender ao Mercado Comum Europeu, foi criada a nomenclatura "Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada (V.Q.P.R.D.)" que se refere aos VR e aos DOC.